Ser Professor!!!!

Ser Professor!!!!
Todo dia é dia do professor...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Lembranças
































Candido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café em Brodowski, no Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebeu apenas a instrução primária de desde criança manifestou sua vocação artística. Aos quinze anos de idade foi para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes.
Portinari, como a maioria das crianças, tinha alguns medos, um deles era dos retirantes. Nas secas, essas pessoas ou famílias caminhavam quilômetros em busca de promessas de trabalho e comida. Achavam que a terra do café oferecia tal trabalho. Entravam em Brodowski, maltrapilhos, magros, as mulheres com as formas do corpo largadas, seios e barrigas caídos, as pernas eram finas demais. As crianças tinham a barriga enorme, andavam descalças os olhos saltados e grandes. Os homens tinham os pés misturados na terra vermelha de Brodowski na maioria das vezes, quando não andavam com as famosas sandálias de couro batido. Todos carregavam em seus olhares e rostos a dor, o sofrimento, o desgaste físico, a fome... Essas imagens ficaram gravadas na memória do menino de Brodowski e, mais tarde foram retratadas em algumas de suas famosas telas.


Lembranças

O povo retirante do sertão
Andava sofrido pela estrada
Em busca de trabalho e pão
Seguindo a longa jornada
Levavam consigo a dor e a esperança
De encontrar um novo chão
Para ali plantar feijão
E sair dessa situação
Tinham os olhos esbugalhados
Como um bicho assustado
Que mil vezes espreitava o horizonte
Evocando a Deus o pão abençoado
No caminho só tinha espinho
O chão árido e ardente
Os meninos barrigudinhos
Todos sem dentes
Do alto, somente observando
Os urubus a fitá-los
Sobrevoando em bando
Esperando a hora de atacá-los
E o medo do menino
Que observava calado
Aqueles pobres retirantes
Chegando no povoado
As marcas na memória
O tempo não apagará
Na tela de Portinari
O registro ficará

Fontes: AZEVEDO, Heloiza de Aquino. Candido Portinari. Filho do Brasil, orgulho de Brodowski! Ed Árvore do saber 2004.

Autoras: Carina Copatti, Ivânia Daronch, Marcieli Perera Marcon, Raquel Comiran

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Os prazeres de Débora

Como dizia “Surfistinha”: “as fantasias e variações só vem com o tempo. Com os mais experientes, não é bem assim.” Era a mesma imaginação que faz fluir ao belo moço Paulo a encantadora Débora, numa segunda-feira de março de 2011, quando esta ria dele, por ter acreditado nas suas insinuações feitas na véspera de seu encontro misterioso.
Na penumbra do quarto, toca o telefone. Meio sonolenta, atende quando este toca pela segunda vez. Do outro lado da linha ouve a voz de um homem na espera de explicação:
_ Por quê você fez isso?
_ Isso o quê? Não estou te entendendo. Responde ela irônica.
_ Guria, te esperei até altas horas na night e tu nem dez pra mim? Cara, fiquei muito chateado contigo, por que tu deu essa bola fora? Tu sabe que pode me perder a qualquer momento se continuar agindo assim.
Nesse instante Débora entra no joguinho de Paulo e sinicamente desanda num choro só:
_ Meu amor, não faz assim comigo. Bah, tu não sabe o que aconteceu. Fui pra facul e comi um hot-dog com Smirnoff e me senti indisposta. Decidi ir para casa, aí a Carol ficou lá comigo, até tarde.
Débora ria, ria. Os homens são assim; acreditam em todas as nossas encantadoras palavras, quando querem “algo a mais”. De malas prontas, adquire outra personalidade... A de mocinha do interior.
Na estação, a mãe está a sua espera.
O domingo estava lindo e a comunidade de Santo Expedito em festa. Débora vestida discretamente acompanha seus pais e seu irmão Lucas à missa na capela. Sua imaginação vagava por entre os desejos mais pecaminosos e ela tenta reprimi-los sorrindo inocentemente.
Do outro lado está Jerônimo, rapaz de boa índole familiar e muito tímido. Observa Débora com o canto dos olhos. Na saída da missa, as famílias se encontram e Jerônimo timidamente sorri para a moça que encabulada retribui.
Na matinê, Jerônimo cria coragem e tira Débora para uma peça. Ela aceita com uma condição:
- Não chegue muito perto de mim, pois meu pai não gosta de sem-vergonhices e tá de olho em mim lá da bodega.
- Pode dexa, sô moço direito e te respeito porque te gosto muito.
No meio da dança, vêm à sua memória os momentos alucinantes da festa eletrônica na qual aventurou-se em desejos, ao invés de encontrar-se com Paulo. Desligando-se da conversa que Jerônimo mantém.
Os cachorros latem, os quero-queros cantam no potreiro avisando a família de que as visitas estão chegando para o serrão. Os homens jogam barralho, as mulheres fazem o tricot para o enxoval das filhas. Débora sentada atrás do fogão à lenha, come pinhão enquanto ouve sua mãe e sua futura sogra ensinando-lhe uma simpatia de amarra marido. A moça troca olhares discretos com Jerônimo, que já se imagina vivendo com ela.
Enquanto os pais se despedem, Jerônimo se aproxima de Débora e ansiosamente pergunta:
_ E quando que vamo se ver de novo?
_ Vou demorar alguns dias pra voltar. Por que agora começam as provas e sabe como é a distância, não dá pra vir sempre.
_ Vou ficar contando as horas pra te ver.
De volta à rotina, Débora deixa aflorar a mulher que há nela. Minha vontade de descobrir tudo sobre a vida parece não ter fim desde que saí da casa de meus pais para estudar na cidade grande, pensa ela.
Débora desperta olhares e desejos dos homens que cruzam seu caminho, transformando-se em cobiça aos olhos masculinos.
No elevador do Shopping ela depara-se com um senhor de meia idade, porém extremamente envolvente, e cheia de desejos reprimidos entrega-se ao prazer da companhia do homem que a conduz ao seu apartamento. Naquela noite desliga-se do mundo para viver a loucura e o pecado.
Na manhã seguinte é despertada pelo toque insistente do telefone. Atende preguiçosamente e percebe no mesmo instante a irritação na voz de Paulo.
_ Qual é a desculpa agora? Tu ta me tirando guria? Desde domingo aguardo notícias suas, te esperei no msn, deixei recado na caixa postal e tu nem me retornou!
_ Cheguei tarde e muito cansada, a viagem foi longa, nem na facul tive ânimo pra ir, por isso não te liguei. Espero que entenda.
_ Fiquei te esperando, deixei de sair com os “piá” e nem pude curtir o findi, nem na boate me animei em ir.
_ Hum... Estou me sentindo culpada gato. Preciso me redimir... Que tal um jantar aqui no meu apê hoje à noite? Você não vai se arrepender de ter esperado por mim.
As luzes estavam apagadas e a música era um plano de fundo para os pensamentos obsenos de Débora. Via-se sedutora despindo-se aos olhos desejosos de Paulo.
Interfone. “Ele chegou. Deixei subir. Enquanto isso checo os últimos detalhes: Champagne no balde com bastante gelo, casa cheirosa, a luz bem leve e para completar coloco um cd com uma música bem envolvente. Visto uma roupa curta e provocante. Atendo a porta, ele entra com todo seu charme e parte logo para o ataque. Me faço de difícil, mas o clima logo esquenta e tudo se transforma em loucura”.
Mesmo Paulo estando frequentemente em seu ape, Débora procura novas aventuras nos braços de outros homens. Mas é surpreendida por Paulo em um desses momentos de fantasia. Mesmo assim, ele, envolvido por essa paixão, perdoa seus deslizes.
Passado meses, envolvida com as descobertas desse novo mundo de prazeres e desejos, não tem tempo de dar notícias aos seus pais e muito menos visitá-los.
Num domingo chuvoso, o barulho do chuveiro impediu que ouvisse a campainha, a porta entre-aberta deixava ouvir os suspiros ofegantes de dois seres envolvidos pela paixão.
Dava-se por fim a identidade oculta daquela menina ingênua, quando seus pais e Jerônimo invadem o banheiro e surpreendem os amantes.
_Dééééboraaaaaaa!!!!!!!!!!!????????

Grupo: Carina Copatti, Ivania Pase Daronch, Marcieli Perera Marcon e Raquel Comiran.

domingo, 8 de maio de 2011

Música:Years of Solitude

 Autores: Astor Piazolla e Gerry Mulligan
Segue o link da música abaixo:
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Percebemos que a música inicia lenta... Nos dá a sensação de nostalgia, de medo, insegurança.. Relaciono esta sensação ao cotidiano regrado, às atitudes diárias que precisamos tomar, centradas, geralmente seguindo a razão... Aí, a partir de alguns momentos a música passa para um ritmo mais rápido, contagiante ao mesmo tempo que tranquilo... Transmite a sensação de liberdade, de deixar algo para trás e buscar velozmente o bem-estar... Percebo que tirar os sapatos pode ser um ato de simplicidade, liberdade e leveza..
Acredito que ao mudar o ritmo da música muda também os sentimentos expressos, até mesmo no nome da música... Anos de solidão... Estes que parecem estar sendo deixados para traz, ao final da canção...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Abordamos no Curso de Extensão da UFRGS "Mediadores da Leitura na Bibliodiversidade" alguns aspectos regionais importantes e, casualmente, encontrei algumas informações importantíssimas do professor Juarês, falando exatamente da regionalidade em suas rimas...
Falando no uso da palavra também, este professor formado em História utiliza rimas maravilhosas... Vejamos o vídeo e a poesia intitulada Geografia... Adorei!!!! Parabéns ao professor...



GEOGRAFIA

Estudando Geografia
Seja em qualquer dimensão
Estado, País, Continente
Veja a localização
Pegue o mapa mundi
Tenha uma ampla visão.

Para localizar-se no espaço
Existem algumas questões
De dia observe o sol
E a noite as constelações
Nunca venha esquecer
Dessas orientações.
Vamos todos aprender
E a dúvida eliminar
Procure usar a bússola
Pra sempre se orientar
Pois em qualquer posição
Ao norte vai apontar.
Para construir a bússola
É bem fácil de montar
Com prato água e agulha
Com imã para imantar
Ponha sobre o isopor
Que ao norte vai apontar.

Elimine toda a dúvida
Não queira continuar
Tanto professor e aluno
Procure se orientar
Usando a rosa dos ventos
Pra direção encontrar.
Na rosa dos ventos vemos
Quatro pontos cardeais
Norte-sul, leste-oeste
Também os colaterais
Veja que também existe
Pontos subcolaterais.

Se na Geografia física
Você tiver sintonia
Verás que é importante
Estudar cartografia
Visualizar os mapas
Sabendo suas simetrias.
Em todos os mapas existem
É bem fácil de encontrar
Os dois tipos de escalas
Todos têm que apresentar
A gráfica e a numérica
Elas não podem faltar.
Através dessa escala
Podemos nos orientar
Tendo a noção de tamanho
Que os mapas vão apresentar
Por isso tenha atenção
Procure visualizar.
Ao analisar os mapas
Lembre-se que tem ficção
As várias linhas que vemos
É tudo imaginação
Sendo todas necessárias
Pra melhor compreensão.
                                                                        Juarês Alencar Pereira.

Aquarela

Creio ser esta a canção que mais me emocionou durante toda a minha vida...
É através das palavras que o autor consegue transmitir o desejo de criar, de transformar o mundo através das cores...
É uma canção que expressa a alegria, os sonhos, as fantasias...
Que bom sentir novamente o gostinho de ser criança, de recordar os sonhos, o passado...
Palavras... Soam em diversos tons, tudo depende de nós...
Podem ser interpretadas de formas diferentes...
Muito cuidado!

A quem cabe mediar leitura?

A quem cabe mediar leitura?[1]


Sueli Bortolin

O termo mediador deriva do latim mediatore, e significa aquele que medeia ou intervém. Em se tratando de leitura, podemos considerar que o mediador do ato de ler é o indivíduo que aproxima o leitor do texto e que facilita esta relação.
Podemos considerar como mediadores de leitura os familiares, os professores, os bibliotecários, os editores, os críticos literários, os redatores, os livreiros e até os amigos que nos emprestam um livro. Porém, os mediadores que mais se destacam são os familiares, os professores e os bibliotecários; portanto, é sobre eles que iremos tecer considerações.
Os familiares deveriam ser os primeiros mediadores de leitura, pois são os primeiros a estabelecer o elo de ligação entre a criança e o mundo; mas, em geral, os pais e demais membros da família não têm a dimensão da influência que podem exercer sobre as crianças no sentido de motivá-las à leitura. E também, infelizmente, nem sempre as condições econômicas do brasileiro permitem a ele a inclusão do livro no orçamento familiar, resultando que a maioria passa toda uma vida sem nunca ter comprado sequer um livro.
E assim, como a família nem sempre tem condições (econômicas e culturais) de cumprir a tarefa de mediadora da leitura, as escolas, de maneira precária ou de forma enriquecida, tentam fazer esta mediação. Portanto, o professor é encarregado compulsoriamente de aproximar o educando da leitura; e é fundamental que ele faça esta mediação, mostrando o texto de maneira prazerosa e não como instrumento de avaliação e tarefa. Para que o leitor, além de se ‘cumpliciar’ com o autor e as personagens, tenha no professor também um cúmplice; isto é, se o professor estiver disposto a compartilhar com ele a leitura/as leituras.
Da mesma forma, esperamos que isto também ocorra com o bibliotecário. Sobre este profissional, Silva (1987, p.5), comenta que: ”[...] percebo como impossível uma revolução qualitativa na área da leitura sem a participação e sem o compromisso dos bibliotecários para com os processos de mudança e transformação.” Possivelmente esta responsabilidade atribuída ao bibliotecário deve-se ao fato do mesmo se encontrar em uma situação privilegiada em relação aos demais mediadores citados, pois mesmo tendo um acervo de pequena quantidade, uma biblioteca pode possibilitar uma diversificação de leitura. Outra prerrogativa que pode ser considerada positiva na atuação do bibliotecário, é que ele, diferentemente do professor, não está atrelado a currículos e avaliações; portanto, tem maior liberdade para propor leituras, dialogar espontaneamente com o leitor, sem que o mesmo se sinta pressionado.
Independentemente de quem seja o mediador, vale salientar que a ele compete “[...] criar soluções próprias ou adaptar experiências alheias, consciente de que o leitor tem uma porta diante de si, em direção à leitura e ao conhecimento” (BARROS, 1995, p.58). Tamanha responsabilidade deve ser interpretada pelos mediadores como um desafio constante, pois o papel que eles desempenham na motivação de leitura pode interferir com maior ou menor profundidade na formação dos leitores de uma coletividade. Esperamos ainda, que os mediadores de leitura facultem aos leitores uma pluralidade de experiências, para que eles percebam a leitura não apenas como aprendizagem escolar, mas como elemento de lazer e satisfação.

REFERÊNCIAS
BARROS, Maria Helena Toledo Costa de.   Leitura do adolescente: uma interpretação pelas bibliotecas públicas do Estado de São Paulo – pesquisa trienal.   Marília: UNESP, 1995.

SILVA, Ezequiel Theodoro da.   O bibliotecário e a formação do leitor.   Leitura: teoria & prática, Campinas, v.6, n.10, p.5-10, dez.1987.


[1] Apresentado no 13º COLE - Congresso de Leitura do Brasil - Campinas/2001.

domingo, 1 de maio de 2011

E os "Sucati" ? Você conhece?

Bem está lembrança vem de longe, lá de Lagoa Vermelha. Em uma sala de aula a professora pede aos alunos que tragam "sucatas velhas" para a próxima semana para fazerem um trabalho. Um dos meninos diz: Professora? Os sucati aqueles de come?
Bem a professora teve que explicar que eram coisas velhas que não ocupavam mais em suas casas e que estavam abandonadas. Mas bem que um sucati é bom demais de comer. Otima história não é Carina.
Me perdoe alguma falha e corija tá.
Espero que tenham gostado das nossas histórias, teriam muitas outras mas fica difícil ter que escolher e ainda assim postamos duas.

História Linguística: Bacon ou Beco?

Nas comunidades do interior de Tapejara, ainda acontecem aquelas boas festas com um saboroso Churrasco. Em uma destas festas o organizador fala aos demais homens que estão lidando com a carne: O que vocês acham de no meio dos pedaços de carne de porco colocar um pedaço de "Bacon", para a carne ficar mais suculenta? E um dos homens rapidamente responde: Mas se fosse de ovelha era melhor!
O homem entendeu que era "Beco", que quer dizer Bode, como a carne de bode não é muito saborosa ele responde que seria melhor de ovelha. E o Bacon? Virou uma fara após o organizador explicar que era uma tirinha de gordura e que só iria alçar o sabor da carne.
Bem amigos essa é uma das histórias que temos para contar, vem mais por aí. Abraços de todas as participantes do grupo.