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segunda-feira, 18 de abril de 2011

A LEITURA COMO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃOS CRÍTICOS E CONSCIENTES

Ao encerarmos o módulo 2 creio ser imprescindível fazer uma análise dos pontos de destaque no processo de construção de leitores críticos através da mediação.
Num primeiro momento devemos enfatizar a importância da família no processo de construção da capacidade de análise dos fatos e conhecimentos que a criança adquire na vida escolar e social. É necessário que a família possibilite acesso a leituras, dos mais variados tipos e de diferentes enfoques, a fim de garantir que a criança possa imaginar, recriar, analisar e posicionar-se em relação ao assunto sobre o qual fez a leitura.
Percebemos que estimulando a leitura na família estamos abrindo caminhos para um melhor aproveitamento também em sala de aula, onde o aluno, segundo Vygotsky não é passivo e nem simplesmente ativo, e sim interativo. Dessa maneira, cria condições para desenvolver um posicionamento claro e crítico sobre seu próprio aprendizado e sobre a sua condição como cidadão.
Ao estimular a leitura, tanto em sala de aula quanto em família estimulamos nos alunos a capacidade de compreender, de organizar seu aprendizado e desenvolver sua capacidade mental, tornando-se um leitor crítico e consciente em torno de si e da sociedade na qual está inserido.
Segundo o texto “a leitura na construção da subjetividade e da cidadania”, muitos autores afirmam que “a leitura reinventa o leitor, o produz e lhe produz novas realidades. Contudo, é em Freire que vamos buscar a ideia de ‘leitura da palavra mundo’. No texto A importância do ato de ler, Freire nos coloca que ‘a leitura do mundo precede a leitura da palavra’ (p.11), fazendo-nos refletir sobre o fato de que, antes de decodificar o signo, o leitor já realiza a leitura do mundo.”
Ao desenvolver as leituras devemos levar em consideração aspectos cognitivos e afetivos dos alunos, procurando, dessa maneira, propiciar um melhor rendimento nessa prática. Sendo assim, podemos destacar alguns aspectos que se destacaram na leitura que fizemos dos textos.
Percebemos que existem diferenças entre indivíduos e, no momento da prática da leitura escolar essas diversidades devem ser consideradas. Há que se considerar as práticas sociais ao desenvolver uma leitura, que leve em consideração a forma social em que se está envolvido. Nesse momento deve-se levar em consideração o importante papel do mediador da leitura, possibilitando formas adequadas de interação entre leitor e texto.
Percebemos que existem variados tipos de textos e neles há identificações diferentes, como a leitura emocional, a leitura sensorial e a leitura racional. Para cada faixa etária ou para cada grupo devemos utilizar leituras adaptadas, facilitando a aprendizagem e despertando nos pequenos o gosto e o prazer pela leitura.
Ao despertar nas crianças e adolescentes o gosto pela leitura estamos abrindo portas para se chegar a uma sociedade mais crítica, consciente e responsável pelas suas ações. Ao conhecer diversos assuntos e diversas linguagens o aluno cria a capacidade de posicionar-se frente aos fatos que ocorrem, tanto em nível local, quanto em nível nacional e até mesmo global. Há que se pensar num mundo globalizado, passível de transformações constantes e que exige adaptações dos indivíduos e capacidade de reflexão, dessa forma, torna-se essencial transformar nossos alunos brasileiros em cidadão críticos, autênticos e autônomos em seus conhecimentos.
Através do vídeo disponível no Moodle “Processo de Sensibilização” elaborado pela Profª Maria Cristina França, podemos identificar alguns aspectos importantes que estavam contidos nos textos, e dentre eles, podemos destacar alguns trechos referentes ao processo de crescimento do sujeito através da leitura. Segundo a professora, o sujeito através da leitura pode transformar a realidade, saber seu lugar no mundo e na sociedade e construir (e reconstruir) o saber, o pensar e o fazer.
Penso que é através da leitura que os indivíduos adquirem conhecimentos e passam a utilizá-los para intervir na sociedade. Sempre ouvimos falar que a educação e o conhecimento tornam um povo mais consciente do seu papel e da sua importância social. Essa é a mensagem que deveria estar presente na sociedade brasileira, tanto nos cidadãos civis, quanto nos governos. Dessa forma, percebemos que os agentes mediadores facilitam essa transformação que se faz tão necessária na atualidade.
Devemos incentivar o hábito da leitura entre os nossos jovens e entre as crianças, levando-os a questionamentos que envolvem seu dia a dia e sua visão sobre o mundo e sobre a sociedade onde vive. Devemos instigá-los desde cedo a pensar, repensar, refletir, analisar, e acima de tudo transformar. Criar condições de educação, respeito e autonomia. Esse é o nosso papel como mediadores da leitura e é através dessa prática habitual de leitura que podemos alcançar tais metas.

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